Então, hoje a equipe da Central de Fotografia da Unifor entrou em ação e fomos adiante com o nosso Projeto Cabine Fotográfica. Resultado: um su-ces-so. No horário marcado, já tinha muita gente na fila (sim, teve direito a fila) para garantir suas fotos. Muita diversão e interção em um Projeto que já deu o que falar, e todos já fazem a mesma pergunta: "Vai ter outro no próximo semestre, né?"
Aqui vão algumas fotos do Making of, lembrando que as "tirinhas" serão postadas na próxima semana no nosso Flickr, com direito a concurso de foto mais engraçada e tudo.
A última respirada antes do fim do semestre! Muito dramático? Não é à toa! Tá todo mundo se virando em mil pra conseguir dar conta dos trabalhos, seminários, provas e ainda da vida!
Então a Central vai propor uma distraída básica.
Quinta-feira, dia 26 de Maio, a partir da 9h, estaremos no Estúdio de Fotografia (T2A), esperando por vocês! Faremos fotos dos alunos no estilo cabine fotográfica de antigamente que infelizmente não achamos tão fácil por aí. Mas não será instantânea. A partir das fotos tiradas, montaremos as fotografias no estilo da foto abaixo e postaremos no nosso Flickr.
Sabe aquele profissional que você vê trabalhar e diz "Amém!" ?
Na verdade, não existe apenas um e sim vários desses que inspiram a gente todos os dias.
Chase Jarvis é um desses caras e a Central vai aproveitar para apresentar o seu mais recente projeto.
Mas antes, uma breve apresentação:
Natural de Seattle, fotógrafo formado em Filosofia que trabalha em sua maioria em campanhas publicitárias. Fotógrafo incrível com ideias inovadoras, um verdadeiro visionário. Ele tem uma parceria muito legal com a Nikon, que simplesmente entrega a câmera para que ele a "teste". Detalhe: são câmeras que ainda não foram lançadas no mercado.
Então, deu pra ter uma noção da moral?
Mas voltando ao projeto em questão, se trata do Dasein - An Invitation to Hang, que foi lançado final de semana passado e tem a duração de 1 mês. É um concurso que levará a uma exposição fotográfica em NY, de forma coletiva e anônima. Basta enviar quantas fotografias quiser.
Escolha fotos que você tira com sua digital compacta, seu Iphone e etc. de preferência, para que não perca a característica de snapshot - foto estantanêa.
Abaixo, um trecho do manifesto para entender um pouco mais da proposta do projeto.
A palavra alemã Dasein é usada por Heidegger e outros inúmeros filósofos para
se referir a existência humana -- o modo fundamental de existir. Quando
aplicado a Fotografia, o nosso dia-a-dia se mostra através de fotos instantâneas.
Com o passar do tempo e sem o nosso conhecimento, a fotografia instantânea se
tornou a forma visual mais significativa que temos de simplesmente existir no mundo.
A foto estantânea é pura, direta, de expressão ilimitada e de forma reanimadora,
sem influência acadêmica ou de moda. Ao mesmo tempo uma celebração da vida e
uma lembrança de nossa mortalidade, o instantâneo nos desperta para perceber que
cada um de nós tem um número limitado desses discretos momentos fugazes em
nossas vidas. Quando agregados, as fotografias instantâneos trazem facilmente uma questão
simples, porém profunda: a importância de existir, que reflete de forma irrevogável
o que significa ser humano.
Qualquer pessoa, de qualquer parte do mundo pode enviar suas fotografias.
O Dragão Fashion Brasil 2011 foi muito mais do que todos poderiam esperar. É raro mas acontece, um evento ter um tipo raro de preocupação não só de mostrar mas oferecer. E nós tivemos o prazer de conferir isso de perto.
Com a iniciativa do SENAC, aconteceu "Dragão Pensando Moda". Durante a noite os estilistas apresentavam suas coleções, pela manhã foi a vez de quem queria ir além dos desfiles, dos lounges lotados e dos movimentados backstages. Foram 3 dias de Palestras, Workshops e Painéis. Mas esse post falaremos da experiência em relação ao ensino que o Dragão Fashion porporcionou, em especial, sobre o Workshop sobre "Fotografia para Semana de Moda: Técnica e Linguagem", com Márcio Távora e Daniel Malva. Logo de cara, os dois começaram com um exercício de observação e percepção, algo tão importante no mundo da fotografia porém hoje em dia esquecido: o feeling. Uma das pautas sugeridas por Márcio e Daniel foi a temática principal do DFB2011; o artesanal, reciclável e ações sustentáveis. Todos os presentes deveriam documentar e a partir disso, conhecer o olhar de cada aluno, sugerir e dar dicas importantes pra quem quer trabalhar no ramo editorial. Um banho de experiência, técnicas e muitas histórias depois, deu pra conhecer um pouco do trabalho e personalidade dos dois. Amigos de faculdade, com trabalhos distintos porém igualmente adoráveis.
Daniel Malva ao lado da câmera construída por ele, e Márcio Távora.
Durante o workshop, Márcio mostra suas belezinhas analógicas: Mamiya Super23, Holga 120FN e Rollei 35S.
Márcio Távora é cearence mas mora em São Paulo. Fez um curso básico de fotografia em São Paulo e cursou por 2 anos no Institute of Art and Design, com especialização em Fotografia Fine Art, em Milwaukee. Depois disso, transferiu o resto do curso novamente para São Paulo, Faculdade Senac de Comunicação e Artes, onde conheceu Malva. Quem conhece o cineastra e também fotógrafo Wim Wenders (tema principal por aqui em breve), consegue notar uma ligação entre os dois trabalhos. Existe uma identificação muito grandee tenho minhas próprias percepçõessobre o trabalho do Márcio que dificilmente saberia por em palavras. Portanto, para explicar o que eu não consigo, não posso deixar de citar um trecho escrito pelo fotógrafo Pisco Del Gaiso sobre o ensaio "Hotel": “Suas fotos são nostálgicas, contemplativas e apaixonadas. Diante disso, prefiro também contemplar em vez de ter opinião sobre um tempo que não vivi plenamente. Um ensaio que acalma, que nos leva para a introspecção. Só sabem de fato do que falo, quem já passou horas ou dias hospedado em um hotel assim. Essas imagens têm cheiro, idade. Servem bem para quem já passou dos 40, talvez. Aos mais novos, vale um dia provocar uma experiência: se perder alguns dias hospedado em um hotel assim, sozinho ou mal acompanhado, tanto faz. Busque o refinamento, o detalhe, a textura. Vai ser como beber um vinho tinto que envelheceu bem”.
Hotel.
Automóveis.
Lâmpadas.
Daniel é paulista e sua carreira como fotógrafo também é relativamente recente. Quem já teve a chance de ouvir um pouco da história de vida dele, não lamenta seu pouco tempo na fotografia. Toda a experiência dele em outras áeras fez dele o fotógrafo que ele é hoje. Pesquisador, colecionador, matemático e um quê de ciêntista maluco porém muito pé no chão, constrói câmeras, confecciona suas lentes, modifica o software da câmera, etc. Já passou pela Ilustração, Publicidade e até Biologia.
Tudo isso deu a bagagem necessária (ou não) para que hoje ele pudesse fazer um trabalho desse jeito; experimental, ousado, realmente autêntico,na busca pelo não-óbvio e ser reconhecido por isso. Vale lembrar que suas fotos não passaram pelo Photoshop.
nu.
piano – revista tpm, março de 2011.
baila comigo – joyce pascowitch
Muito obrigada Márcio, Daniel, SENAC e Dragão Fashion ;)
